21/02/2024

Resenha: A Irmandade das Calças Viajantes - Ann Brashares


Título do livro: A Irmandade das Calças Viajantes

Autor(a): Ann Brashares

Número de páginas: 312

Está disponível no Kindle Unlimited? Não!

Sinopse: Tibby, Carmen, Bridget e Lena são companheiras, cúmplices, confidentes. E a amizade delas, ao que tudo indica, não é pura coincidência. Pela primeira vez, porém, as quatro adolescentes iriam passar o verão separadas. As quatro decidiram, então, fazer um pacto, ou inventar um código, um elo que as unisse enquanto estivessem viajando. E encontraram a solução num velho jeans comprado no brechó, surrado e desbotado. Aquelas calças que eram 'tudibom', transformaram-se no num símbolo de amizade e passaram a pertencer às amigas igualmente. Surgia, assim, a Irmandade das Calças Viajantes, com direito a cerimônia secreta, juramento e dez mandamentos básicos para o uso do jeans. Como as Calças, cada leitor será convidado a viver etapas determinantes, momentos intensos, grandes provas, problemas, decepções, emoções, sofrimentos, descobertas, revelações, lado a lado com Tibby, Carmem, Bridget e Lena.



Resenha: Em A Irmandade das Calças Viajantes, vamos conhecer a história de um grupo de amigas: Tibby, Lena, Carmen e Bridget. Apesar de serem muito diferentes entre si, tanto em personalidade como gostos e características físicas, elas se uniram por meio de laços de amizade muito antes de nascerem. Suas mães engravidaram na mesma época e se conheceram num grupo de ginástica aeróbica. Com o nascimento das meninas, passaram a serem próximas e a amizade se estendeu para as filhas.


 No entanto, após passarem muitos verões juntas, esse seria o primeiro ano delas separadas. Carmen vai para a casa do pai que não vê há muito tempo, Lena vai para a Grécia visitar os avós, Bridget vai jogar num acampamento de futebol só para meninas e Tibby é a única que vai permanecer na pacata cidade de Washington. Mas após uma ida despretensiosa ao brechó, Carmen acaba encontrando e comprando uma calça jeans que, milagrosamente, servem em todas as meninas. Algo que seria impossível, já que elas possuem biotipos e alturas diferentes.



"Estava claro pra mim que não foi por causa de uma tragédia qualquer que as calças entraram em nossas vidas. Simplesmente tinham testemunhado uma dessas mudanças de vida - comuns, embora dolorosas. Ao que tudo indica, foi esse O Caminho das Calças."



 Abismadas com essa coincidência, decidem que vão compartilhar suas memórias do verão através da calça, que afirmam ser um amuleto mágico.  Criam uma série de regras, e se comprometem a compartilhá-las ao longo das semanas em que passarão separadas. Esse verão tem tudo para ser inesquecível!


 Meu primeiro contato com a história dos jeans viajantes foi através do filme de 2005, que sempre gostei muito e que aparentemente foi bem fiel ao livro (pelo que eu me lembre), mas isso é história para outro post. Todavia, foi apenas nesse ano que senti vontade de conhecer a história mais a fundo através da série de livros (são 4 no total e apenas o último não foi traduzido para o português), e me arrependi de não tê-lo feito antes! Em um mesmo capítulo, transitamos de uma história para a outra, acompanhando as aventuras e desventuras das meninas e os acontecimentos que cercam os jeans.



"Agora somos as setembros. As setembros de verdade. Somos tudo umas pras outras. Não precisamos dizer isso; simplesmente é assim. [...] Minha mãe diz que não conseguiremos permanecer assim, mas eu acredito que sim. As Calças são um símbolo. Representam a promessa que fizemos umas às outras de que, aconteça o que acontecer, nos manteremos unidas".


 

 A amizade delas é algo lindo de se ver e acompanhar, mas também gostei muito de ver o crescimento individual de cada uma. Querendo ou não, esse primeiro verão em que estiveram separadas contribuiu para que descobrissem sua própria identidade fora do grupo, sua própria voz. A escrita da autora é sensível, trazendo à tona o sentimento de suas personagens e deixando o leitor a par de tudo que está acontecendo no mundo exterior e também no interior de cada uma.


 O livro aborda muitos temas importantes e sensíveis, como luto, o primeiro amor, problemas familiares... questões que acompanham a adolescência de milhares de garotas e que trazem aquele sentimento de identificação ao leitor. Porque toda garota ou já passou ou ainda vai passar por algum dos dilemas apresentados por elas. Nesse sentido o livro foi bem atemporal, e mesmo que tenha sido escrito e publicado há mais de 20 anos atrás, achei que a narrativa envelheceu bem.



"Talvez a felicidade não tivesse a ver com as circunstâncias grandiosas, arrebatadoras, ou com ter tudo no lugar em sua vida. Talvez tivesse a ver com ligar entre si um monte de pequenos prazeres. Assistir ao concurso de Miss Universo de chinelo. Comer bolo de chocolate com sorvete de baunilha. Atingir o nível sete no Senhor dos dragões, sabendo que ainda havia vinte estágios para superar [...]". 


 

 Me senti verdadeiramente como a quinta integrante da irmandade e fiquei até triste quando lembrei que nem Tibby, nem Carmen, nem Lena e muito menos Bridget existem na vida real. Dois dias foram o suficientes para que eu devorasse a história, e me emocionasse, torcesse e me alegrasse por cada uma delas.


A Irmandade das Calças Viajantes é um livro sobre muitas coisas, mas acima de tudo, sobre o poder da amizade. Foi incrível acompanhar as meninas durante todo o verão, e mal posso esperar para passar a próxima temporada na companhia delas!


"Além disso, as Calças nos prometiam tempo. Nada estaria perdido. Havia o ano todo, se precisássemos. Tínhamos todo o tempo até o verão seguinte, quando tiraríamos do armário as Calças Viajantes e, juntas ou separadas, recomeçaríamos tudo."


 


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